Seremos mesmos solitários egoístas por natureza ou, antes, animais (entre outros) capazes de empatia, simpatia, reciprocidade e outros sentimentos sociais que estão na base do comportamento moral?
Será o darwinismo incapaz de explicar a emergência da moralidade ou, pelo contrário, capaz de integrar o comportamento moral na teoria do evolucionismo e de o harmonizar com a selecção natural?
Eis a resposta da filósofa britânica nonagenária Mary Midgley nesta conferência em que contraria e refuta a famosa tese do "gene egoísta" da "pop-star" Richard Dawkins.
Não sei se o comentário se ajusta, mas a Humanidade evoluiu (e talvez se tenha tornado bem sucedida), também, através de comportamentos gregários e cooperativos. Mesmo em espécies humanas mais remotas (e portanto menos complexas) como o Homo Erectus há evidências num fóssil de um ancião recentemente encontrado em Espanha, cuja mandíbula evidenciava sinais de que padecera de um feroz abcesso que lhe provocara a queda total dos dentes dois anos antes de morrer, o que quer dizer que beneficiou de cuidados especiais na alimentação providenciados pelo seu grupo e, também, nos nossos primos neandertais há um caso de um «velhote» que ficara com a locomoção seriamente afectada em resultado de uma fractura numa das pernas. Viveu o suficiente para a ferida calcificar. Logo, a cooperação também faz parte do processo de evolução humana.
ResponderEliminarClaro que se ajusta!
ResponderEliminarE muito obrigada pelo sábio apontamento.