sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Je suis tombé récemment amoureux...



O (grande) filósofo Jacques Derrida disse um dia numa entrevista:

<Je suis tombé récemment amoureux de l'expression française “une fois pour toutes”>

(na revista Le Monde de l'Éducation, n. 284, septembre 2000).


À luz da Descontrução, esta paixão derridiana faz todo o sentido, embora não se justifique a sua explicação neste momento, neste blogue e para este efeito:

Sempre que me apaixono por algo inesperado (uma ideia, um objeto, etc.), lembro-me sempre de Derrida que confessou a sua paixão pela expressão francesa "une fois pour toutes"... Paixões não se discutem!

Pois bem, recentemente apaixonei-me por... figos secos! Em francês é tão bonito:

<Je suis tombée récemment amoureuse de figues sèches>

(P.S.: Obrigada, Assucena, pela sua preciosa correção do meu francês de "Ciclo Preparatório").

Os figos-secos são os meus "novos" bombons!

Uma vez que é difícil encontrar bombons de chocolate sem leite de vaca, descobri os figos secos. São igualmente calóricos (desde que não comamos muitos de seguida...), mas são muito nutritivos, sobretudo em potássio (e outros minerais) e em vitaminas.

Em Portugal, temos muitos tipos de figos-secos, embora só se encontrem em mercearias de bairro, pois nas grandes superfícies só há figos-secos do estrangeiro (nada de chauvinismo, mas para se conservarem, vêm cobertos com um verniz esquisito que me parece pouco recomendável).

Neste Natal, "empanturrei-me" com figos-secos de Trás-os-montes:



São tão bonitos!


Ultimamente, tenho ao lado do computador figos-secos pretos de Torres Novas:



Têm um gostinho especial e a vantagem de não terem farinha (como os transmontanos) para se conservar...

P.S.: Já agora, também gosto muito de pêras secas, mas não têm o estatuto de bombom...

2 comentários:

  1. Sem discriminar os gulosos figos transmontanos preferimos os figos pretos!
    Já agora, as pêras são designadas "pêras-passas", produzidas na Região Interior Centro (Oliveira do Hospital, Tábua, Seia, Nelas, Gouveia, Mangualde, Santa Comba Dão e algumas freguesias do concelho de Viseu) com as pêras de S. Bartolomeu...eram os bombons dos pastores nestas zonas serranas!
    Cecília e Tiago

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  2. Ahhh! Pêras-passas, sim, bem visto...

    Faz sentido aquela máxima de muitos nutricionistas contemporâneos: "nunca devemos comer nada que os nossos avós não conhecessem", ou seja, não devemos comer alimentos processados provenientes da indústria químico-alimentar (como a maior parte das guloseimas à base de chocolate).

    Devemos comer apenas os alimentos dados diretamente pela natureza ou então trabalhados pelos humanos com métodos próximos da natureza, como a secagem natural das pêras, na Região Interior Centro de Portugal (ou a elaboração do tofu e do seitan feita há séculos pelos avós do outro lado do mundo).

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