quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Ainda sobre o chocolate: a alfarroba

Não convém abusar do chocolate, sobretudo quando vem associado a leite de animais (se víssemos o que as vacas sofrem nas cooperativas...) e a ovos de galinhas de bateria (uma desgraça, mesmo quando a União Europeia impõe dimensões mínimas às jaulas...).

Felizmente, começam a aparecer muitos chocolates sem ovos e com leite de soja ou leite de coco


dos quais já falei há uns tempos atrás (16/6/2011).

Mas, para variar, também já podemos desfrutar de "chocolates" de alfarroba. Ou seja, tabletes de alfarroba.





A alfarroba (do/em árabe, a vagem) é o fruto da alfarrobeira, uma árvore lindíssima típica do Algarve. A foto desta alfarrobeira foi tirada em Silves, no largo ao lado do extraordinário Museu Municipal Arqueológico:


A alfarroba é um fruto que veio diretamente da ração dos cavalos para a pastelaria mais sofisticada (gourmet!) do Algarve, como é o caso desta fatia de bolo de alfarroba caríssima que quem estava comigo comeu (tinha leite e ovos!) numa pastelaria (que mais parecia uma joalharia) na bela cidade de Tavira:



Além de muito aromática, a alfarroba é muito nutritiva (cálcio, fósforo, proteína, etc.) e já é conhecida pelo nome de "chocolate saudável" por ter pouca gordura! Para não falar dos usos farmacêuticos e cosméticos que a alfarroba já tem.


P.S.:

Recomendo uma visita a Tavira por todas as razões e mais alguma:



Mas recomendo especialmente uma visita a Silves e ao seu Museu Municipal Arqueológico inserido na muralha da cidade construída com a bonita pedra "grés de Silves":


Para a maioria das pessoas, o ex-libris do Museu é o poço-cisterna almóada (medieval):


A mim, o que mais me impressionou foi o lamento deste poeta da Silves islâmica aquando da (re)conquista cristã, na altura em que o cristianismo era sinónimo de obscurantismo, intolerância e retrocesso e o islamismo era sinónimo de civilização a todos os níveis... A vida (da humanidade) dá cada volta...

1 comentário:

  1. O fruto das religiões acaba por ser o mesmo em todas . A diferença é forma e o terreno aonde queremos plantar a semente e o problema acaba sempre por se colher um fruto transgénico ,pois que tão manipulada é a semente .Mas de uma forma ou de outra estamos havidos desse fruto ,pois só ele sacia a nossa inquietude existencial. Um bom fim de semana.

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