Gareth B. Matthews
Santo Agostinho (trad. Hugo Chelo), Lisboa, Edições Setenta, 2008.
Santo Agostinho pode ter tido todos os defeitos do mundo (por exemplo, abandonar a mãe do seu filho Adeodato para se dedicar a Deus - um santo não devia ter feito isso a uma mulher!), mas é um escritor apaixonante e deixou um legado controverso que muito tem dado que pensar aos que o lêem. Obrigada, Santo Agostinho!
Gareth B. Matthews escreveu, entre muitas outras coisas, Santo Agostinho, para analisar de um modo simultaneamente acessível e rigoroso os principais assuntos tratados por este teólogo/filósofo.
Agrada-me muito a maioria das suas reflexões, mas há uma, no capítulo "O problema das outras mentes" que muito me sensibilizou:
"Ao tornar-me vegetariano, não se tratou tanto de alterar as minhas opiniões sobre novilhos e galinhas, mas antes de mudar a minha atitude em relação a eles. Contudo, isto não quer dizer que o raciocínio não tenha desempenhado qualquer função. Assim, para mim, foi importante que me tenham dado provas de que todas as aves e mamíferos sonham. Penso que não há provas similares desta actividade nos anfíbios, peixes ou animais inferiores. Raciocinei do seguinte modo: qualquer organismo que sonhe tem muito provavelmente algum género de experiência subjectiva, talvez não muito diferente da minha. Ao pensar sobre isso, descobri que não quero comer sonhadores. O raciocínio influenciou as minhas atitudes" (p. 109).
Quem já se deteve por alguns instantes a contemplar os seus animais a dormir (a sonhar, por vezes pesadelos, a avaliar pelos movimentos e pelos seus "vocábulos"!) não pode ser indiferente a esta passagem de Gareth B. Matthews...
Na foto, o Barbichas (o cão - o amarelo - da ABRA mais "calmeirão" que passou por minha casa) e o Luisinho (o cachorrinho - o preto - da ABRA mais irrequieto que passou por minha casa):
Estará S. Agostinho a dar voltas no túmulo por causa destas reflexões de Matthews a partir do que o santo escreveu em obras como Da Trindade?
sexta-feira, 17 de junho de 2011
António Damásio
Dispensa apresentações. É simplesmente o nosso cientista mais famoso (académica e cientificamente falando).
Notabilizaram-no, entre muitas outras coisas, a edição de obras como:
O Erro de Descartes. Emoção, Razão e Cérebro Humano (trad. Dora Vicente e Georgina Segurado), Europa-América, Mem-Martins, 1995;
O Sentimento de Si. O Corpo, a Emoção e a Neurobiologia da Consciência (trad. P.E.A.), Europa-América, Mem-Martins, 2000;
Ao Encontro de Espinosa. As emoções Sociais e a Neurobiologia do sentir (trad. P.E.A.), Europa-América, Mem-Martins, 2003.
e mais recentemente
O Livro da Consciência. A construção do Cérebro Consciente (trad. Luís Oliveira Santos), Temas e Debates/Círculo de Leitores, Lisboa, 2010.
Este livro é especialmente recomendável porque é, tal como o autor informa nas primeiras páginas, um recomeço: "Todos os livros devem ser escritos por uma boa razão e a razão para este foi começar de novo" (p. 23).
E é assim que assistimos ao longo da obra a uma revisitação de questões já abordadas e, em duas delas, a uma alteração profunda do seu ponto de vista, a saber, "a origem e a natureza dos sentimentos, e os mecanismos por trás da construção do eu".
Há uma questão em particular que é alvo de um maior esclarecimento: quais os animais não humanos que, além de consciência nuclear, têm também um EU AUTOBIOGRÁFICO.
Nesta obra, são identificados: “os lobos, os nossos primos símios, os mamíferos marinhos, os elefantes, os felídeos e, claro, aquela espécie especial chamada cão doméstico” (p. 45).
No fundo, não é nada para o qual o autor não tivesse já alertado quando confessou em O Sentimento de Si:
"Nos tempos em que estudava medicina e neurologia, lembro‑me de perguntar a algumas das pessoas mais sábias que me rodeavam como é que produzíamos a mente consciente. Curiosamente, a resposta era sempre a mesma: o segredo está na linguagem. Diziam‑me que as criaturas sem linguagem estavam limitadas à sua ignorante existência, ao contrário de nós, felizardos humanos, a quem a linguagem permitia conhecer. A consciência era uma interpretação verbal dos processos mentais em curso. A linguagem providenciava o afastamento necessário para podermos olhar para as coisas com a distância necessárias. Esta resposta pareceu‑me sempre muito simples, simples demais para explicar um fenómeno que eu imaginava na altura impossível de explicar dada a sua complexidade. E a resposta não só era simples, mas também improvável, dado o que me era dado ver sempre que visitava o Jardim Zoológico. Nunca acreditei na resposta e agrada‑me muito nunca ter acreditado” (p. 133).
Notabilizaram-no, entre muitas outras coisas, a edição de obras como:
O Erro de Descartes. Emoção, Razão e Cérebro Humano (trad. Dora Vicente e Georgina Segurado), Europa-América, Mem-Martins, 1995;
O Sentimento de Si. O Corpo, a Emoção e a Neurobiologia da Consciência (trad. P.E.A.), Europa-América, Mem-Martins, 2000;
Ao Encontro de Espinosa. As emoções Sociais e a Neurobiologia do sentir (trad. P.E.A.), Europa-América, Mem-Martins, 2003.
e mais recentemente
O Livro da Consciência. A construção do Cérebro Consciente (trad. Luís Oliveira Santos), Temas e Debates/Círculo de Leitores, Lisboa, 2010.
Este livro é especialmente recomendável porque é, tal como o autor informa nas primeiras páginas, um recomeço: "Todos os livros devem ser escritos por uma boa razão e a razão para este foi começar de novo" (p. 23).
E é assim que assistimos ao longo da obra a uma revisitação de questões já abordadas e, em duas delas, a uma alteração profunda do seu ponto de vista, a saber, "a origem e a natureza dos sentimentos, e os mecanismos por trás da construção do eu".
Há uma questão em particular que é alvo de um maior esclarecimento: quais os animais não humanos que, além de consciência nuclear, têm também um EU AUTOBIOGRÁFICO.
Nesta obra, são identificados: “os lobos, os nossos primos símios, os mamíferos marinhos, os elefantes, os felídeos e, claro, aquela espécie especial chamada cão doméstico” (p. 45).
No fundo, não é nada para o qual o autor não tivesse já alertado quando confessou em O Sentimento de Si:
"Nos tempos em que estudava medicina e neurologia, lembro‑me de perguntar a algumas das pessoas mais sábias que me rodeavam como é que produzíamos a mente consciente. Curiosamente, a resposta era sempre a mesma: o segredo está na linguagem. Diziam‑me que as criaturas sem linguagem estavam limitadas à sua ignorante existência, ao contrário de nós, felizardos humanos, a quem a linguagem permitia conhecer. A consciência era uma interpretação verbal dos processos mentais em curso. A linguagem providenciava o afastamento necessário para podermos olhar para as coisas com a distância necessárias. Esta resposta pareceu‑me sempre muito simples, simples demais para explicar um fenómeno que eu imaginava na altura impossível de explicar dada a sua complexidade. E a resposta não só era simples, mas também improvável, dado o que me era dado ver sempre que visitava o Jardim Zoológico. Nunca acreditei na resposta e agrada‑me muito nunca ter acreditado” (p. 133).
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Paul McCartney
Podia fingir e enumerar meia dúzia de temas dos Beatles como sendo os meus preferidos, mas a verdade é que sempre que penso em Paul McCartney só me lembro do inigualável "We all stand together" ou da "Frog Song" e do inesquecível "BOM, BOM, BOM - BY-I-YAH, BOM, BOM, BOM - BY-I-YAH", enfim, dos gloriosos anos 80 e da minha infância.
Ainda hoje me arrepio sempre que revejo este vídeo... E, diferentemente de muitos especialistas em Estética e Filosofia da Arte (por exemplo, o meu professor de Estética, em Coimbra, o Prof. António Pedro Pita), eu estou do lado do senso comum e do povo e defendo: "gostos não se discutem"!
Hoje em dia, Paul McCartney é para mim sobretudo uma referência nas questões do estatuto moral dos animais e das suas consequências ao nível dos nossos hábitos alimentares.
No BIOGRAPHY CHANNEL, descobri que o casal Paul e Linda McCartney se tornaram veganos quando um dia na sua quinta estavam a comer borrego enquanto observavam pela janela um cordeirinho a brincar... Concluíram em simultâneo que não fazia qualquer sentido comer animais.
Até morrer, Linda escreveu vários livros de culinária vegana - hoje, autênticos clássicos.
Paul McCartney continua o seu testemunho, em particular neste vídeo:
Ainda hoje me arrepio sempre que revejo este vídeo... E, diferentemente de muitos especialistas em Estética e Filosofia da Arte (por exemplo, o meu professor de Estética, em Coimbra, o Prof. António Pedro Pita), eu estou do lado do senso comum e do povo e defendo: "gostos não se discutem"!
Hoje em dia, Paul McCartney é para mim sobretudo uma referência nas questões do estatuto moral dos animais e das suas consequências ao nível dos nossos hábitos alimentares.
No BIOGRAPHY CHANNEL, descobri que o casal Paul e Linda McCartney se tornaram veganos quando um dia na sua quinta estavam a comer borrego enquanto observavam pela janela um cordeirinho a brincar... Concluíram em simultâneo que não fazia qualquer sentido comer animais.
Até morrer, Linda escreveu vários livros de culinária vegana - hoje, autênticos clássicos.
Paul McCartney continua o seu testemunho, em particular neste vídeo:
Amantes do chocolate, não há razões para o desespero!
É difícil encontrar chocolate sem leite de animais. Mas não é impossível!
Por exemplo, em Braga, no ALFACINHA (centro histórico) é possível encontrar tabletes de chocolate sem leite (nem glúten!) e outras criações "chocolateiras" caseiras.
Já provei, como se vê nas fotos, têm o mesmo sabor (a chocolate!), o mesmo preço, mas são mais saudáveis (e sem sofrimento animal)...
Por exemplo, em Braga, no ALFACINHA (centro histórico) é possível encontrar tabletes de chocolate sem leite (nem glúten!) e outras criações "chocolateiras" caseiras.
Já provei, como se vê nas fotos, têm o mesmo sabor (a chocolate!), o mesmo preço, mas são mais saudáveis (e sem sofrimento animal)...
Bem-vinda, querida Milú!
Espero que sejas feliz connosco (tua família de acolhimento temporário) na nossa casa (até teres padrinho/madrinha de voo para a Alemanha, para os teus novos donos)!
Espero também que deixes de rosnar ao Cãozinho, à Pi e à Luna... porque eles já cá estavam...
Tirando isso (e o facto de não gostares que te limpem as patas quando vens da rua), já te adoramos, por todas as razões e mais alguma (por exemplo, porque és muito asseada)!
Obrigada ABRA (Associação Bracarense dos Amigos dos Animais) por nos proporcionares esta experiência!
Espero também que deixes de rosnar ao Cãozinho, à Pi e à Luna... porque eles já cá estavam...
Tirando isso (e o facto de não gostares que te limpem as patas quando vens da rua), já te adoramos, por todas as razões e mais alguma (por exemplo, porque és muito asseada)!
Obrigada ABRA (Associação Bracarense dos Amigos dos Animais) por nos proporcionares esta experiência!
Dois livros traduzidos para português sobre as emoções dos animais
Felizmente, já há muita bibliografia sobre o estudo das emoções nos animais.
Em português já estão traduzidos pelo menos dois livros, muito acessíveis, quer ao nível do preço, quer ao nível dos conteúdos (pois, apesar de rigorosos, são livros de divulgação):
Mark Bekoff, A VIDA EMOCIONAL DOS ANIMAIS (trad. Ana Maciel), Estrela Polar, Alfragide, 2008.
Jonathan Balcombe, O REINO DO PRAZER (trad. Maria Emília Novo), Europa-América, Mem-martins, 2007. Tem um prefácio de duas páginas de P. Singer!
De Mark Bekoff entretanto já foi traduzido o seu MANIFESTO DOS ANIMAIS, (trad. Pedro Vidal), Estrela Polar, Alfragide, 2010, onde desenvolve as "seis razões essenciais para mudarmos a forma como tratamos os animais", a saber: "1. Todos os animais partilham a Terra e temos de coexistir; 2. Os animais pensam e sentem; 3. Os animais têm e merecem compaixão; 4. A ligação origina respeito, a alienação origina desrespeito; 5. O nosso mundo não tem compaixão para com os animais; 6. Agir com compaixão ajuda todos os seres e o nosso mundo."
De Jonathan Safran Foer, também já foi traduzido COMER ANIMAIS (trad. Luís Santos), Bertrand, Lisboa, 2010, onde "levanta a questão muda que está por trás de cada peixe que comemos, de cada frango que fritamos e de cada hambúrguer que grelhamos"...
Em português já estão traduzidos pelo menos dois livros, muito acessíveis, quer ao nível do preço, quer ao nível dos conteúdos (pois, apesar de rigorosos, são livros de divulgação):
Mark Bekoff, A VIDA EMOCIONAL DOS ANIMAIS (trad. Ana Maciel), Estrela Polar, Alfragide, 2008.
Jonathan Balcombe, O REINO DO PRAZER (trad. Maria Emília Novo), Europa-América, Mem-martins, 2007. Tem um prefácio de duas páginas de P. Singer!
De Mark Bekoff entretanto já foi traduzido o seu MANIFESTO DOS ANIMAIS, (trad. Pedro Vidal), Estrela Polar, Alfragide, 2010, onde desenvolve as "seis razões essenciais para mudarmos a forma como tratamos os animais", a saber: "1. Todos os animais partilham a Terra e temos de coexistir; 2. Os animais pensam e sentem; 3. Os animais têm e merecem compaixão; 4. A ligação origina respeito, a alienação origina desrespeito; 5. O nosso mundo não tem compaixão para com os animais; 6. Agir com compaixão ajuda todos os seres e o nosso mundo."
De Jonathan Safran Foer, também já foi traduzido COMER ANIMAIS (trad. Luís Santos), Bertrand, Lisboa, 2010, onde "levanta a questão muda que está por trás de cada peixe que comemos, de cada frango que fritamos e de cada hambúrguer que grelhamos"...
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Sapatos Melissa: de plástico reciclável (i.e. sem pele animal) e para todos os gostos!
Descobri que em Braga, na loja ROSA CHOQUE (centro histórico), há calçado MELISSA!
É calçado produzido por uma empresa brasileira e feito em plástico reciclável!
Pelo menos tem o símbolo:
Além disso, tem criações para todos os gostos: ora mais práticos, ora mais chiques, com cores mais neutras ou mais "exóticas"!
Exemplo de uma melissa prática:
Exemplo de uma melissa chique (ou corajosa!):
O site da MELISSA é http://www.melissa.com.br/pt/produtos
É calçado produzido por uma empresa brasileira e feito em plástico reciclável!
Pelo menos tem o símbolo:
Além disso, tem criações para todos os gostos: ora mais práticos, ora mais chiques, com cores mais neutras ou mais "exóticas"!
Exemplo de uma melissa prática:
Exemplo de uma melissa chique (ou corajosa!):
O site da MELISSA é http://www.melissa.com.br/pt/produtos
quinta-feira, 9 de junho de 2011
Recomendação: site da People for the Ethical Treatment of Animals
Por muitas razões e mais algumas.
Mas no meio de toda a panóplia de informações úteis que nos dá, há muito muito premente:
a lista detalhada de marcas e produtos que não testam em animais (bem como das que testam!).
Ver em: http://peta.org/
LIVING ->
SEARCH FOR CRUELTY-FREE COMPANIES AND PRODUCTS
Ou, mais directamente em:
http://www.peta.org/living/beauty-and-personal-care/companies/default.aspx
Em todo o caso, e como não podemos fazer compras de lista na mão, devemos procurar nas embalagens dos produtos os seguintes símbolos:
Mas no meio de toda a panóplia de informações úteis que nos dá, há muito muito premente:
a lista detalhada de marcas e produtos que não testam em animais (bem como das que testam!).
Ver em: http://peta.org/
LIVING ->
SEARCH FOR CRUELTY-FREE COMPANIES AND PRODUCTS
Ou, mais directamente em:
http://www.peta.org/living/beauty-and-personal-care/companies/default.aspx
Em todo o caso, e como não podemos fazer compras de lista na mão, devemos procurar nas embalagens dos produtos os seguintes símbolos:
Outro homem que eu adoro (por muitas razões): José Saramago
Daqui a meia dúzia de dias comemora-se o primeiro aniversário da sua morte...
Apesar de ter tido uma vida tão cheia e de ter criado personagens tão ricas, Saramago gostaria de ser recordado "num futuro longíquo" como "o escritor que criou a personagem - eu chamo-lhe assim, a personagem - o cão das lágrimas" (do Ensaio sobre a cegueira):
Apesar de ter tido uma vida tão cheia e de ter criado personagens tão ricas, Saramago gostaria de ser recordado "num futuro longíquo" como "o escritor que criou a personagem - eu chamo-lhe assim, a personagem - o cão das lágrimas" (do Ensaio sobre a cegueira):
Memórias de Mim Mesmo - Documentários RTP 2 - Multimédia RTP
Eu adoro este homem (Maestro António Victorino d'Almeida) por razões abaixo (noutra mensagem anterior) indicadas.
No primeiro episódio (6/3/2011) de Memórias de Mim Mesmo, ao minuto 20, encontra-se com Júlio Pomar, um grande amigo (um grande pintor, que também não é indiferente aos animais, a avaliar pela sua pintura) com quem tem uma “discussão” em torno da tourada. Júlio Pomar é aficionado, o Maestro é contra a tourada.
Pois bem, sob o olhar amigo e receptivo de Júlio Pomar, o Maestro faz a mais clarividente e deliciosa ridicularização da tourada:
Memórias de Mim Mesmo - Documentários RTP 2 - Multimédia RTP
Bravo, Maestro! Encore!
No primeiro episódio (6/3/2011) de Memórias de Mim Mesmo, ao minuto 20, encontra-se com Júlio Pomar, um grande amigo (um grande pintor, que também não é indiferente aos animais, a avaliar pela sua pintura) com quem tem uma “discussão” em torno da tourada. Júlio Pomar é aficionado, o Maestro é contra a tourada.
Pois bem, sob o olhar amigo e receptivo de Júlio Pomar, o Maestro faz a mais clarividente e deliciosa ridicularização da tourada:
Memórias de Mim Mesmo - Documentários RTP 2 - Multimédia RTP
Bravo, Maestro! Encore!
Recomendação: Os animais segundo Jeffrey Moussaieff Masson
Jeffrey Moussaieff Masson é um autor que, para além de imensas obras (no âmbito da Psicanálise e da Psiquiatria) publicadas ao longo da sua internacional carreira académica, tem várias dedicadas ao estudo das emoções nos animais.
Apesar de muito bem documentada, a sua escrita é muito acessível, os seus títulos são muito apelativos e as suas revelações não cessam de nos espantar: nós e os animais somos tão, tão parecidos...
Claro que o autor só podia ser... vegano! É o que nos acontece quando começamos a conhecer melhor os animais (como nós)...
Eis algumas edições portuguesas:
Apesar de muito bem documentada, a sua escrita é muito acessível, os seus títulos são muito apelativos e as suas revelações não cessam de nos espantar: nós e os animais somos tão, tão parecidos...
Claro que o autor só podia ser... vegano! É o que nos acontece quando começamos a conhecer melhor os animais (como nós)...
Eis algumas edições portuguesas:
Obrigada, Stella McCartney!
Ainda bem que há estilistas que marcam a diferença e que, além de veganas, recusam usar peles e poluir desnecessariamente o ambiente, não deixando de assegurar às "fashion victims" o bom gosto e a imprescindível "coquetterie".
Exemplo de uma "promo" ao seu calçado e acessórios amigos dos animais:
Exemplo de uma "promo" ao seu calçado e acessórios amigos dos animais:
Símbolos que devemos ter em atenção quando compramos calçado, bolsas ou outros acessórios
Sempre que comprarmos calçado, bolsas ou outros acessórios devemos procurar os símbolos da sua composição.
Os amigos dos animais devem procurar comprar calçado onde a "parte superior", a "sola", o "forro e palmilha" são feitos de "materiais têxteis" ou de "outros materiais" (normalmente sintéticos). Ou seja, que tenham todos os símbolos menos aqueles da pele espalmada de um animal, com ou sem revestimento! E o mesmo para a compra de outros acessórios.
Não é só a indústria dos curtumes que é especialmente poluente, é que um par de sapatos ou uma carteira não podem justificar a morte de um ser senciente...
É difícil comprar destes sapatos (e outros acessórios). Ou encontramos alguns - com muita dificuldade! - em lojas de desporto (obrigando-nos a adoptar um estilo desportivo...), ou compramos em sites na internet (o que tem alguns riscos, porque não os podemos experimentar antes de comprar), ou procuramos em lojas de calçado barato - desde que made in Portugal! -, onde se encontram bastantes artigos não feitos em pele, mas de qualidade e gosto duvidosos...
Os amigos dos animais devem procurar comprar calçado onde a "parte superior", a "sola", o "forro e palmilha" são feitos de "materiais têxteis" ou de "outros materiais" (normalmente sintéticos). Ou seja, que tenham todos os símbolos menos aqueles da pele espalmada de um animal, com ou sem revestimento! E o mesmo para a compra de outros acessórios.
Não é só a indústria dos curtumes que é especialmente poluente, é que um par de sapatos ou uma carteira não podem justificar a morte de um ser senciente...
É difícil comprar destes sapatos (e outros acessórios). Ou encontramos alguns - com muita dificuldade! - em lojas de desporto (obrigando-nos a adoptar um estilo desportivo...), ou compramos em sites na internet (o que tem alguns riscos, porque não os podemos experimentar antes de comprar), ou procuramos em lojas de calçado barato - desde que made in Portugal! -, onde se encontram bastantes artigos não feitos em pele, mas de qualidade e gosto duvidosos...
Memórias de Mim Mesmo - Documentários RTP 2 - Multimédia RTP
Adoro o Maestro António Victorino d'Almeida. Diga-se o que se disser, este homem é um talento nato e, além disso, faz o favor de partilhar o que sabe - música - com os comuns mortais, cada um de nós.
E adora animais!
A partir das interpelações de José Jorge Letria (outro apaixonado pelos animais) e de uma das netas, discorre de um modo extraordinariamente belo (no não menos belo Memórias de Mim Mesmo - o seu mais recente programa) sobre os animais e, em particular, sobre a Eureka, a sua cadela recentemente falecida a quem dedica uma composição.
Das suas inteligentes reflexões, destaco a confissão: "Eu não gosto especialmente de animais, eu sou uma animal (risos) e, portanto, como sou um animal, sou solidário com - já disse - a minha espécie".
(ver episódio de Memórias de Mim Mesmo, do dia 24/4/2011, do minuto 12 ao minuto 20):
Memórias de Mim Mesmo - Documentários RTP 2 - Multimédia RTP
E adora animais!
A partir das interpelações de José Jorge Letria (outro apaixonado pelos animais) e de uma das netas, discorre de um modo extraordinariamente belo (no não menos belo Memórias de Mim Mesmo - o seu mais recente programa) sobre os animais e, em particular, sobre a Eureka, a sua cadela recentemente falecida a quem dedica uma composição.
Das suas inteligentes reflexões, destaco a confissão: "Eu não gosto especialmente de animais, eu sou uma animal (risos) e, portanto, como sou um animal, sou solidário com - já disse - a minha espécie".
(ver episódio de Memórias de Mim Mesmo, do dia 24/4/2011, do minuto 12 ao minuto 20):
Memórias de Mim Mesmo - Documentários RTP 2 - Multimédia RTP
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Livros (que abordam especificamente a questão dos animais) de Peter Singer em português
Libertação Animal
Trad. de Maria de Fátima St. Aubyn
Via Optima, Porto, 2000, 290 pp. (1975)
É considerada a "Bíblia do vegetarianismo". Parte do princípio ético (princípio da igual consideração de interesses, no 1. capítulo), para mostrar (com argumentos filosóficos, portanto, e não com lugares comuns ou com sentimentalismos vazios) a total insustentabilidade da experimentação laboratorial em animais e da agro-pecuária intensiva (capítulos 2 a 4). Faz também um resumo da história do especismo (capítulo 5) e uma história do debate contemporâneo entre os especistas e o movimento de libertação animal (capítulo 6).
Ética Prática,
Tradução de Álvaro Augusto Fernandes
Gradiva, Lisboa, 2000, 411 pp. (1993)
É um texto sobre questões de ética prática (aborto, eutanásia, etc.) onde aparece também (nos capítulos 3 e 5) o problema do estatuto moral dos animais.
Trad. de Maria de Fátima St. Aubyn
Via Optima, Porto, 2000, 290 pp. (1975)
É considerada a "Bíblia do vegetarianismo". Parte do princípio ético (princípio da igual consideração de interesses, no 1. capítulo), para mostrar (com argumentos filosóficos, portanto, e não com lugares comuns ou com sentimentalismos vazios) a total insustentabilidade da experimentação laboratorial em animais e da agro-pecuária intensiva (capítulos 2 a 4). Faz também um resumo da história do especismo (capítulo 5) e uma história do debate contemporâneo entre os especistas e o movimento de libertação animal (capítulo 6).
Ética Prática,
Tradução de Álvaro Augusto Fernandes
Gradiva, Lisboa, 2000, 411 pp. (1993)
É um texto sobre questões de ética prática (aborto, eutanásia, etc.) onde aparece também (nos capítulos 3 e 5) o problema do estatuto moral dos animais.
Mais um vídeo, desta feita com argumentos realistas a favor do veganismo: Earthlings - Terráqueos
Narração de Joaquin Phoenix, banda sonora de Moby, legendado em português.
É o primeiro vídeo duro (realista) que apresento para expor as razões a favor do veganismo.
Apesar de não ser cruel (porque não explora gratuitamente a violência e só a mostra equilibradamente) é suficientemente claro acerca do mal que uma pessoa provoca (in)directamente aos animais quando os usa como recurso para produzir alimentos, vestuário, calçado, divertimento, etc.
É o primeiro vídeo duro (realista) que apresento para expor as razões a favor do veganismo.
Apesar de não ser cruel (porque não explora gratuitamente a violência e só a mostra equilibradamente) é suficientemente claro acerca do mal que uma pessoa provoca (in)directamente aos animais quando os usa como recurso para produzir alimentos, vestuário, calçado, divertimento, etc.
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