Ao contrário do que se diz no filme O Pai Tirano, o vegano ou o vegetariano não come só comida de grilo, como a alface.
O seitan é um óptimo "argumento" contra esta convicção popular segundo a qual o vegano é aquele que come erva.
Dizem os peritos que em japonês seitan quer dizer "é proteína". E é, de facto, proteína, pois o seitan é o resultado da "libertação" da proteína do cereal (chamada glúten) em relação aos outros componentes do cereal, nomeadamente os hidratos. Tal como o tofu (o leite do feijão da soja coagulado), a produção do seitan é uma arte milenar oriental que, felizmente, chegou ao Ocidente e a Portugal.
Na página 94 do livro Tudo o que comemos conta, Geninha Horta Varatojo (uma das professoras do Instituto Macrobiótico Português - http://www.e-macrobiotica.com/) define o seitan e explica como se faz a partir de farinha de trigo.
Numa segunda fase, o seitan cru é cozido em água e condimentos como o sal durante cerca de 50 minutos. Depois de cozido e arrefecido, guarda-se no frigorífico e a qualquer altura pode ser usado para estufar, fritar, cozer, assar, etc.
Quem não está para o fazer em casa, pode encontrar o seitan confeccionado de diferentes modos, em diferentes marcas, em diferentes hipermercados e pronto a cozinhar:
É a minha proteína vegetal preferida e é aquela que permite fazer pratos mais parecidos com os tradicionais, por exemplo, os bifinhos de seitan no forno (parecem lombo assado), as iscas de seitan panadas fritas, etc.
Só tem um inconveniente: o seitan não é recomendado para os celíacos (os que não têm tolerância ao glúten). Esses têm justamente que comer derivados de cereais (pão, bolachas, etc.) sem glúten e, se forem veganos, limitar-se à soja (incluído o tofu) e às restantes leguminosas (favas, feijões, grão-de-bico, etc.).
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