Libertação humana

Ao ver a reacção da libertação dos chimpanzés, lembro-me de um acontecimento histórico: o dia (07-11-2009) em que o Presidente Obama visitou forte de Cape Coast (Gana). Este edifício no passado foi um importante entreposto de comércio de escravos que eram capturados nas suas aldeias e depois vendidos para a Europa, as Américas e as Caraíbas...

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Felizmente, a escravatura foi abolida e hoje o forte é apenas um monumento a alertar-nos para a maldade a que o homem pode chegar.

Mas, pergunto-me: demorará muito tempo até que os cativeiros de animais (dos laboratórios a toda a espécie de currais) sejam abolidos e se transformem em monumentos de um passado a que não queremos mais voltar?

Ainda há bem pouco tempo, no século XIX, se alguém dissesse por exemplo a um fazendeiro que a escravatura tinha que ser abolida ele diria que isso era ridículo, impensável e arruinaria a economia...

Hoje, é a escravatura que é intolerável...

Será assim tão irreal a libertação animal?

Tom Regan fez bem escolher para "mote" da sua obra The Case for Animal Rights (p. VI) a frase de John Stuart Mill,
"Every great movement must experience three stages: ridicule, discussion, adoption".